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Brasileiros no Líbano expressam descontentamento com governo Lula e solicitam repatriação

País enfrenta escalada na violência por causa de Hezbollah e Israel

Devido à escalada da violência no Líbano, consequência dos ataques de Israel ao Hezbollah, os brasileiros que moram no país expressaram críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Eles solicitam uma maior intervenção do governo brasileiro para deixar o território libanês.

Brasileiros que estão no Líbano informaram ao Metrópoles que a situação no país se tornou mais tensa nos últimos dias. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, intensificou as ações contra o Hezbollah, grupo terrorista atuante no Líbano, através de seu governo.

“Não sabemos o quanto essa guerra pode aumentar, o quão rápido ela pode escalar”disse Carina Kadissi, guia turística brasileira no Líbano.

Carina reside no distrito de Keserwan, localizado a nordeste de Beirute, juntamente com seu filho de 7 anos e sua mãe. Mesmo não sendo uma das áreas mais atingidas pelos bombardeios, ela está constantemente buscando maneiras de deixar o Líbano.

“Graças a Deus, eu, meu filho e minha mãe estamos bem”, contou ao Metrópoles. “Mas, com a situação que está aqui e a guerra, que se intensificou há três dias, estamos tentando voltar para o Brasil. Tentando, porque quase não há voos.”

Após a escalada de tensão, a Embaixada brasileira em Beirute divulgou um aviso consular para os brasileiros residentes no país. Este comunicado continha formulários relativos a uma possível repatriação e diretrizes de segurança, tais como a evitação de multidões e áreas de risco, particularmente no sul do Líbano.

Os brasileiros estão esperando por uma intervenção mais tangível do governo do Brasil para serem repatriados, dada a devastação e a escassez de opções para sair do país. Uma pessoa informada do Ministério das Relações Exteriores confirmou ao Metrópoles que existe um plano preparado para evacuar brasileiros do Líbano. No entanto, o plano requer a aprovação do presidente Lula para ser implementado.

Brasileiros no Líbano pressionam governo

Ezzddein Hussein, que possui parentes no Líbano, esclareceu que os brasileiros, seja no país ou no exterior, persistem em pressionar as autoridades brasileiras para que tomem uma atitude e retirem seus cidadãos da zona de perigo.

“O governo precisa agir antes que aconteçam mais tragédias”, afirmou Ezzddein, que retornou do Líbano há cerca de dez dias. “Estive lá, e vi que a embaixada em Beirute não consegue fazer nada de lá sem a autorização daqui do Brasil.”

Informações indicam que a Embaixada Brasileira em Beirute distribuiu um formulário para ser preenchido por brasileiros que desejam sair do Líbano, no entanto, ainda não forneceu mais assistência.

“Não sei o quanto estamos conseguindo pressionar a representação brasileira no Líbano, o quanto a gente tem esse poder de pressionar”, disse Carina ao Metrópoles. “Eles mandaram o formulário para preencher, e todo mundo preencheu, pois estamos todos desesperados para sair daqui. Só que ajuda pelo consulado e pela embaixada, realmente, não estamos vendo.”

Carina expressou críticas ao governo Lula e à ausência de assistência aos cidadãos brasileiros na área. Ela exigiu uma colaboração por parte das autoridades brasileiras.

“Está cada um por si”, afirmou Carina. “Graças a Deus, eu e minha família ainda temos um pouco de condição de tentar comprar uma agem aérea para deixar o Líbano, o que está difícil, pois a maioria das companhias aéreas cancelou seus voos, tanto saída quando vinda para o Líbano.”

Mortes de brasileiros em ataques violentos causam alarme nacional

A onda de críticas ao governo Lula se intensifica na sequência das fatalidades de cidadãos brasileiros durante os últimos ataques israelenses no Líbano. No começo da semana, Ali Kamala Abdallah, um jovem brasileiro de 15 anos, perdeu a vida com o pai em um ataque aéreo de Israel na cidade de Kelya.

Após três dias, Mirna Raef Nasser e seu pai perderam as vidas em um bombardeio israelense. A jovem de 16 anos, originária de Balneário Camboriú, Santa Catarina, residia no Líbano desde que tinha 1 ano de idade.

Até agora, o aumento dos ataques de Israel contra o Hezbollah no Líbano resultou na morte de mais de 500 pessoas e deixou centenas feridas. As informações são da Revista Oeste

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