
Jamal Simmons, ex-diretor de comunicação da vice-presidente Kamala Harris, apresentou uma proposta ambiciosa para que ela se torne a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Em uma postagem nas redes sociais, Simmons propôs que o presidente Joe Biden renunciasse, criando a oportunidade para Harris fazer história, mesmo após a derrota de Biden para o presidente eleito Donald Trump.
Simmons, que integrou a equipe de Harris entre 2022 e 2023, publicou em sua conta no X (antigo Twitter): “Joe Biden foi incrível, mas ele deve cumprir a última promessa: ser transitório. Biden deveria renunciar e fazer Kamala Harris a primeira mulher presidente.” Ele também destacou que essa estratégia poderia mudar o cenário contra Trump e impedir que Harris presidisse a sessão do Congresso em 6 de janeiro de 2025, data de certificação dos resultados da eleição de 2024.
Em entrevista à CNN no domingo, Simmons reforçou a ideia, argumentando que essa ação seria uma virada na percepção do Partido Democrata. “Este é o momento para mudarmos toda a perspectiva de como os democratas operam”, afirmou, enquanto Scott Jennings, comentarista conservador, reagia com risos.
Kamala Harris já marcou a história como a primeira mulher, além de ser a primeira pessoa negra e asiático-americana, a ocupar a vice-presidência dos EUA. A escolha de Biden de tê-la como vice foi um o significativo na política americana.
Apesar de sua posição histórica, Harris tem preferido não enfatizar uma eventual candidatura à presidência, concentrando-se em seu trabalho e nas questões políticas. Caso o cronograma eleitoral siga conforme previsto, Harris presidirá a sessão do Congresso em 6 de janeiro de 2025 para a certificação dos resultados de 2024.
Simmons apontou que uma renúncia de Biden antes dessa data permitiria a Harris evitar essa função, especialmente se ela tivesse que certificar a vitória de Trump, algo que ele considera relevante para proteger sua posição política.
A sugestão de Simmons surge em meio a um período de introspecção entre os democratas, após a derrota nas eleições de 2024, que resultou na volta de Trump ao poder, apesar de preocupações sobre os riscos que ele poderia representar à democracia americana.