
O prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), gerou repercussão ao anunciar que pessoas que levarem bebê reborn para atendimento médico em unidades de saúde do município poderão ser internadas compulsoriamente. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (17).
“Pode pegar o autor ou proprietário desse bonequinho e nós vamos internar involuntariamente”, afirmou o prefeito. “A pessoa não pode estar bem.”
Rodrigues destacou que não há objeção à posse dos bebês reborn, desde que sejam tratados como brinquedos. Segundo ele, o problema surge quando indivíduos procuram atendimento médico ou organizam eventos como aniversários para os bonecos, o que, em sua visão, caracteriza comportamento inadequado.
A equipe do prefeito afirmou que não há novos esclarecimentos sobre a declaração de internação compulsória em caso de simulação de atendimento com os bonecos. O posicionamento ocorre em meio à discussão nacional sobre o tema, com projetos tramitando no Congresso Nacional.
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Projetos de lei discutem regulação de bebê reborn no sistema público
Na quinta-feira (15), três propostas legislativas foram apresentadas no Congresso Nacional com o objetivo de disciplinar o uso de bebês reborn no sistema público de saúde. As medidas preveem:
- Atendimento psicológico a colecionadores de bebê reborn;
- Multa para quem usar bonecos em filas preferenciais;
- Proibição de atendimentos simulados em unidades de saúde.
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) defendeu as medidas:
“A prática indiscriminada de simular atendimentos médicos a objetos inanimados configura desvio inaceitável dos serviços de saúde.”
“Especialmente quando realizados com recursos públicos ou em detrimento da atenção a pacientes reais.”
As propostas somam-se ao debate nacional sobre a assistência no SUS para vínculos afetivos com reborns, que ganhou destaque recentemente com projeto apresentado pela deputada Rosângela Moro (União Brasil-SP).