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Deputado questiona Itamaraty sobre nome do Brasil em petróleo da Venezuela

Luiz Philippe de Orleans e Bragança questiona fraudes envolvendo o nome do Brasil em exportações da Venezuela para a China

O parlamentar federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) solicitou esclarecimentos ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acerca de acusações relacionadas ao uso inapropriado da identidade brasileira em documentos comerciais de petróleo venezuelano destinados à China.

O parlamentar encaminhou requerimento oficial ao Itamaraty e classificou o episódio como “grave ameaça à soberania e à reputação do Brasil”.

Petróleo venezuelano

A ação do legislador surge após a Reuters expor um esquema global de falsificação, envolvendo “traders” que atribuem de forma ilegal ao Brasil a procedência de carregamentos de petróleo cru vindos da Venezuela.

De acordo com o pedido, os indivíduos envolvidos utilizam documentos falsificados e métodos de localização enganosos para evitar as sanções impostas à ditadura de Nicolás Maduro e contornar as barreiras comerciais chinesas.

“O nome do Brasil não pode ser usado como fachada para operações fraudulentas”, disse o deputado a Oeste. “Isso atinge diretamente a credibilidade do nosso país no comércio internacional, além de nos expor a riscos diplomáticos gravíssimos. O governo tem o dever de investigar e agir com firmeza.”

US$ 1 bilhão em petróleo venezuelano atribuído ao Brasil

Segundo as informações disponíveis, aproximadamente US$ 1 bilhão em petróleo foi transportado entre julho de 2024 e março de 2025, sendo erroneamente identificado como originário do Brasil. Frequentemente, esses produtos são categorizados como “mistura de betume”.

A Petrobras afirma não exportar regularmente esse tipo de carga.

O deputado pede informações sobre possíveis investigações em andamento, identificação de empresas e embarcações implicadas, e possíveis comunicações diplomáticas emitidas sobre o assunto, entre os pontos apresentados.

Ele ainda está curioso se existe alguma coordenação com entidades internacionais para proteger a posição do Brasil e evitar o uso impróprio do nome do país em negociações comerciais duvidosas.

O deputado enfatiza que o incidente destaca a fragilidade dos mecanismos de controle no Brasil perante planos estrangeiros para driblar punições. Além disso, levanta um alerta sobre a maneira pela qual o governo federal visualiza sua responsabilidade em proteger a reputação do país diante de aliados estratégicos.

Luiz Philippe propôs que o governo considere a opção de tomar medidas formais contra o regime chavista, o que poderia incluir sanções ou retaliações comerciais. Ele acredita que o Brasil não deve se mostrar ivo diante de uma circunstância que envolve “fraude comercial, violação de normas internacionais e dano à credibilidade nacional”.

As informações são da Revista Oeste

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