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Museu de ciências de londres acusa LEGO de promover “heteronormatividade”

O novo tour auto-guiado intitulado Seeing Things Queerly foca em “histórias de comunidades, experiências e identidades queer”

O Museu de Ciências em Londres, Inglaterra, apresenta uma nova visita auto-guiada chamada Seeing Things Queerly, que se concentra em “histórias de comunidades, experiências e identidades queer”. Inclui também uma exposição de peças de Lego, com o guia complementar afirmando que elas reforçam a noção de que a heterossexualidade é “a norma”.

Frequentemente, as descrições das peças de Lego são feitas com base em gênero. A parte de cima do bloco, com pinos proeminentes, é caracterizada como masculina, enquanto a parte de baixo, que possui orifícios para acolher os pinos, é descrita como feminina. A ação de unir as duas partes é conhecida como “acasalamento”.

Este exemplo demonstra como a linguagem heteronormativa é aplicada a temas que não têm relação com gênero, sexo e reprodução, ilustrando a influência da heteronormatividade (o conceito de que a heterossexualidade e o binário de gênero masculino/feminino são a norma, considerando tudo o que foge disso como atípico) na maneira como se discute ciência, tecnologia e o mundo em geral.

O tour também abrange uma parte focada no boneco Billy Doll, introduzido em 1992, que foi projetado para representar um homem gay, além das críticas voltadas para a marca de brinquedos.

Outro item inesperado no mesmo tour é um Spitfire da Segunda Guerra Mundial. O motivo dessa vez é que “uma piloto do Spitfire foi Roberta Cowell, a primeira mulher trans britânica a ar por uma cirurgia de afirmação de gênero e mudar sua certidão de nascimento”.

O Museu de Ciências já se encontrou no centro de controvérsias anteriormente. Em 2023, a instituição teve que cancelar uma exposição intitulada “Boy or Girl?”, que foi interpretada por alguns grupos como uma “propaganda” trans, por insinuar que o gênero pode ser uma construção social separada do sexo biológico.
Fiona McAnena, da instituição de caridade Sex Matters criticou a turnê Seeing Things Queerly: “As pessoas esperam ser informadas, educadas e inspiradas ao visitar o Museu da Ciência, e não ter reivindicações duvidosas enraizadas na ideologia de gênero impostas a elas.”

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