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Estadão afirma que PCC está disposto a contaminar a política

Facção Criminosa Influencia Eleições em Regiões de SP Através de Intimidação, Segundo Jornal

O jornal O Estado de S. Paulo, em seu editorial de segunda-feira, 19, afirma que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está disposto a se infiltrar na política. O artigo discute a informação divulgada na semana ada pelo centro de inteligência da Polícia Militar do Estado, que revela que a participação do grupo criminoso nas eleições municipais é “muito maior do que se imaginava”.

“Insatisfeito com o imenso poderio financeiro alcançado após décadas de bandidagem, o Primeiro Comando da Capital, ao que tudo indica, agora está disposto a contaminar a política, em um incipiente projeto de subversão da democracia”, disse o texto, intitulado “O risco do PCC para a democracia”.

Estadão Revela Atuação Política do PCC em Várias Frentes

Segundo o editorial, a organização criminosa opera em várias áreas: fornece financiamento para campanhas de aliados, corrompe o sistema público, se apropria de contratos públicos, ameaça políticos e até mesmo tenta colocar seus próprios representantes em disputas eleitorais.

O exemplo dessa infiltração do crime na política, resultando na “Operação Fim da Linha”, foi citado pelo Estadão. Essa operação, deflagrada no início de abril, visava cumprir 52 mandados de busca e apreensão em endereços da Upbus e Transwolff.

As companhias de transporte coletivo, que já foram beneficiadas com consideráveis recursos financeiros pela Prefeitura de São Paulo para operar na metrópole, são apontadas como responsáveis por lavar dinheiro, cuja origem é atribuída ao PCC através do tráfico de drogas.

Intervenção em política

O jornal enfatiza que o PCC tem exercido influência sobre as eleições em certas áreas do Estado através de táticas de intimidação. Em eleições anteriores, por exemplo, candidatos do PSDB foram proibidos de realizar campanha em zonas controladas pelo crime organizado.

Recentemente, o grupo estava planejando lançar candidatos a vereador em “Mogi das Cruzes” e “Santo André”, no entanto, essas iniciativas foram impedidas pela polícia.

Ademais, a Operação Salus et Dignitas culminou na prisão de Janaína da Conceição Cerqueira Xavier, anteriormente candidata a vereadora pelo PT, que acompanhava de forma ilícita a comunicação da polícia na Favela do Moinho, identificada como a base central do PCC na cracolândia.

Ainda é afirmado na publicação que o PRTB, responsável por lançar Pablo Marçal à prefeitura, possivelmente já teve algum tipo de conexão com a facção.

“É ousada a marcha do PCC rumo ao poder político, e esse fenômeno deve ser contido desde já, antes que cresça e se alastre”, conclui o editorial. 

As informações são da Revista Oeste

 

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