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Principal opositor de Nicolás Maduro é achado morto

Regime ditatorial de Maduro acusado por partido opositor

Nesta sexta-feira (25), o partido de oposição Vontade Popular (VP) condenou o “assassinato” de Edwin Santos, seu cofundador e líder no estado de Apure, no oeste da Venezuela. Santos foi detido, conforme alegado pelo partido, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) na quarta-feira (23).

“O Vontade Popular denuncia, de forma responsável e com profundo pesar perante o país e a comunidade internacional, o assassinato de Edwin Santos pelo regime de [Nicolás] Maduro” – declarou o partido em um comunicado, sob a liderança do ex-prefeito Leopoldo López.

A sigla política afirmou que o militante foi “assassinado depois de ter sido sequestrado por membros das forças de segurança do Estado”, um “fato confirmado por testemunhas no local” em que se encontrava.

O vice-presidente declarou que Santos se encontrava na “sede da DGCIM (Direção Geral de Contrainteligência Militar) em Guasdualito”, até a tarde de quinta-feira (24), uma localidade próxima à fronteira com a Colômbia.

O partido afirmou que o adversário foi um “agente fundamental na vitória” em Apure nas eleições presidenciais de 28 de julho. Isso é uma referência à alegada vitória da maioria antichavista, que se reúne sob a Plataforma Democrática Unida (PUD), que insiste que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu essas eleições. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como o vencedor.

O VP advertiu que sua morte é um sinal político claro de retaliação contra ele e contra o ativismo político democrático”.

“Esse caso confirma a continuidade das políticas de repressão, perseguição e assassinato de um regime criminoso – acrescentou o partido, razão pela qual disse que lutará por uma investigação independente, e conclamou o país a denunciar esse “assassinato brutal”.

A acrônimo mencionou a ausência de “liberdade” que atormenta a nação e o perigo imediato de se viver sob a “ditadura violenta” que atinge a Venezuela.

“Enquanto Nicolás Maduro permanecer no poder, nenhum cidadão na Venezuela, nem mesmo aqueles que agora fazem parte do regime, tem sua vida ou liberdade seguras. Maduro deve cair e a liberdade deve chegar para todos”, complementou o VP, expressando solidariedade à família e aos amigos do líder do partido.

Aos 36 anos, Santos era o responsável local pela coordenação da campanha presidencial da PUD, conforme informado pelo Comitê de Direitos Humanos do partido Venha Venezuela (VV). O partido demandou uma investigação “transparente e independente”.

 

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