
Por: Pablo Carvalho
O preço da energia elétrica disparou no mercado de curto prazo, com o PLD (Preço da Liquidação das Diferenças) atingindo R$ 400 por megawatt-hora (MWh) nesta semana. A principal causa é a previsão de chuvas abaixo da média para os reservatórios das hidrelétricas, fator previsível que deveria ter sido gerenciado com planejamento energético adequado. No entanto, a falta de medidas eficazes do governo para garantir a segurança do abastecimento e reduzir a dependência das hidrelétricas coloca em risco o equilíbrio do sistema e pode gerar novos aumentos na conta de luz.
Apesar do impacto ainda estar ao mercado livre de energia, onde grandes empresas negociam diretamente com os fornecedores, o consumidor residencial deve começar a sentir o peso desse aumento já em abril. Isso porque a alta do PLD pode levar ao acionamento de bandeiras tarifárias, resultando em cobrança adicional na conta de luz. O governo, em vez de preparar o setor para oscilações climáticas, vem adotando uma postura reativa, permitindo que o preço da energia suba sem criar soluções estruturais para evitar esses ciclos de aumento.
A crise também expõe problemas na metodologia usada para definir o preço da energia. Os cálculos dependem de modelos computacionais – Newave, Decomp e Dessem – que projetam o custo futuro com base nas condições dos reservatórios e na demanda de eletricidade. Essas projeções são atualizadas mensalmente pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), mas sofrem influência direta de decisões políticas e da falta de investimentos estratégicos em geração alternativa. Em vez de modernizar o sistema e reduzir a dependência das hidrelétricas, o governo segue sem planejamento claro para garantir preços mais estáveis.
A falta de ação preventiva tem consequências diretas no bolso da população. Sem políticas eficazes para diversificar a matriz energética e melhorar a transmissão de eletricidade entre regiões, a conta de luz segue vulnerável às variações climáticas e ao aumento do custo de operação. O governo deveria estar focado em soluções como ampliação da geração solar e eólica e melhorias no sistema de transmissão, mas segue apostando em medidas paliativas que apenas ream os custos ao consumidor.
Com i nformações de Uol.
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