
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reafirmou nesta quarta-feira (26) sua defesa pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Pré-candidato à presidência em 2026, ele disse que foi o primeiro a propor esse caminho, ainda em fevereiro de 2023, citando Juscelino Kubitschek como exemplo de pacificação nacional após crises institucionais.
Apesar do posicionamento firme em relação aos manifestantes, Caiado evitou apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, pauta recorrente no campo conservador. Questionado se, caso eleito, daria aval ao afastamento de Moraes ou de outros ministros do STF, desconversou: “Se a gente continuar alimentando isso no Brasil… só se fala em 8 de janeiro, em caçar ministro. Isso não é governar o país”.
Caiado criticou a polarização entre Lula e Bolsonaro, afirmando que o Brasil “não aguenta mais esse tipo de pauta”. Para ele, o foco deveria ser nas ações de governo, e não em brigas institucionais. Ainda assim, reiterou que Bolsonaro “não está fora do jogo” e tem direito à ampla defesa, mesmo com o processo em curso no STF.
Sobre as penas aplicadas aos condenados, o governador disse considerar desproporcional a sentença de 14 anos imposta a uma manifestante. “Tem assassino que pega 9 anos com progressão. Escrever com batom não vale mais que uma vida”, disparou. Ele pediu imparcialidade e bom senso no julgamento dos envolvidos.
A postura ambígua de Caiado indica tentativa de equilibrar o discurso para atrair o eleitorado conservador sem desagradar o poder supremo de ministros do STF.
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