
A equipe jurídica do congressista Gustavo Gayer (PL-GO) divulgou uma declaração expressando sua “bastante estranheza” em relação à operação conduzida pela Polícia Federal (PF). Mandados de busca e apreensão foram executados em locais associados ao deputado e seus assistentes na manhã de sexta-feira, 25.
O corpo jurídico de Gayer esclareceu que, até o momento, o que foi informado é que se trata “de um processo físico e sigiloso, onde nem mesmo os advogados têm o de imediato ao seu conteúdo”.
“Uma operação da Polícia Federal a dois dias da eleição municipal, determinada por Alexandre de Moraes, nos causa bastante estranheza”, afirmou a defesa. “Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser itida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado.”
Os advogados ainda sinalizaram que operações como a desta sexta-feira, “não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral”, uma vez que os “atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.
Gayer critica operação permitida por Moraes
Na manhã de sexta-feira, 25, o deputado Gustavo Gayer expressou críticas à operação iniciada pela PF, com aval do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado afirmou que a intenção do juiz seria “desestabilizar” seu concorrente à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), no segundo turno das eleições, programado para o próximo domingo, 27.
“Dois dias antes da eleição de segundo turno do qual meu grupo e candidato participa em Goiânia, acordo às 6h da manhã com minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal”, afirmou Gayer. “Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo, claramente tentando prejudicar meu candidato, Fred Rodrigues, aqui em Goiânia.”
A operação da Polícia Federal
Os policiais foram a um local associado ao político em Goiânia, ao seu apartamento funcional em Brasília e também à casa de um de seus auxiliares. No total, encontraram R$ 72 mil em dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, a operação tenta “desarticular associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos [cota parlamentar]”. Além disso, “mirou a falsificação de documentos para criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)”.
O objetivo seria ajustar uma Oscip às exigências do Estado para obter fundos da Câmara dos Deputados. Para alcançar isso, o grupo supostamente forjou documentos – uma ação que possibilitou a identificação pela PF.
As informações são da Revista Oeste