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Michel Temer Vê Risco de Conflito com STF em Aprovação da Anistia

Exemplo citado: caso de Débora dos Santos

O ex-presidente Michel Temer comentou nesta quarta-feira (16) a possível aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Em tom de advertência, ele afirmou que a medida pode ser interpretada como uma afronta direta ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Vai parecer um confronto do Legislativo com Supremo”, declarou Temer, segundo a emissora CNN Brasil.

Exemplo citado: caso de Débora dos Santos

Temer mencionou que há “boa vontade” dentro do Supremo para rever as penas, sugerindo que iniciativas do próprio Judiciário poderiam oferecer saídas menos polêmicas do que a anistia geral. Ele citou como exemplo o gesto do ministro Alexandre de Moraes, seu indicado ao STF em 2017, que autorizou a prisão domiciliar para a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos.

Débora ficou conhecida nacionalmente por escrever “perdeu, mané” com batom na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo, durante os protestos de 8 de janeiro.

O julgamento do caso foi adiado após pedido de vistas feito pelo ministro Luiz Fux, e deverá ser retomado em 25 de abril.

Temer pede cooperação entre os Poderes

Ao comentar a reação do Congresso, especialmente da base conservadora, Temer sugeriu que os presidentes da Câmara e do Senado articulem uma solução conjunta com o STF, a fim de evitar rupturas institucionais.

Para o ex-presidente, um acordo entre Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), em conjunto com ministros da Corte, demonstraria compromisso institucional e evitaria tensões desnecessárias.

“Essa cooperação deve ser divulgada publicamente”, argumentou Temer, em uma tentativa de alinhar o debate político com a preservação das aparências de harmonia entre os Poderes.

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