
Nesta quarta-feira, 16, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) declarou que irá apresentar um requerimento na Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados.
O propósito é convidar Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, para fornecer explicações sobre seu papel no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa ação surge após a revelação de mensagens capturadas pela Polícia Federal (PF) na investigação que envolve o profissional.
Em diálogos privados divulgados pelo jornal Gazeta do Povo, Tagliaferro expressou seu medo pela própria vida. Ele alegou que o perigo estava ligado à chance de desvendar pormenores da função que desempenhou na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Nas comunicações atribuídas ao especialista, ele alega que queria “contar tudo de Brasília” antes de falecer e caracterizou Moraes como um perigo direto para sua segurança.
O ex-auxiliar estava à frente do departamento do TSE encarregado de vigiar as redes sociais, preparar relatórios e fundamentar decisões para a remoção de conteúdo e suspensão de contas. A maioria dessas medidas, contudo, tinha como alvo críticos e adversários do juiz.
Mensagens publicadas pelo relatório da PF e noticiado pela Gazeta revelaram que ex-assessor do Ministro Alexandre de Moraes temia “ser morto” se revelasse o que sabia. As mensagens atribuídas a Tagliaferro, nas quais ele expressa temor em relação ao ministro Moraes, levantam… pic.twitter.com/cKchhFRovT
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) April 16, 2025
Nikolas interpela caso que envolve o perito
Durante uma investigação do Supremo Tribunal Federal sobre o vazamento de informações confidenciais, a PF conseguiu extrair as mensagens. Consequentemente, Tagliaferro foi indiciado pela entidade pelo crime de violação de sigilo funcional que prejudica a istração pública. A penalidade para tal crime varia de dois a seis anos de prisão.
Em contrapartida, a defesa argumenta que “a atuação de Eduardo sempre foi pautada na ética e na bravura” e que não há o que esconder sobre o conteúdo das mensagens.
No entanto, enfatizam que a divulgação do material interfere negativamente no trabalho do perito, que conta com sua profissão para manter a família. De acordo com a defesa, Tagliaferro realizou seu trabalho com “sigilo, lealdade e profissionalismo”.
As informações são da Revista Oeste