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Morte do Papa Francisco reacende profecias sobre o “último papa” e o fim dos tempos

Previsões de São Malaquias e Nostradamus voltam ao centro dos debates após falecimento do pontífice argentino

A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21), trouxe à tona profecias antigas que voltam a ganhar destaque em momentos de transição no Vaticano, especialmente a enigmática “Profecia dos Papas”, atribuída a São Malaquias, e trechos do famoso livro “Les Prophéties”, de Nostradamus.

A “Profecia dos Papas” e o nome do sucessor

Segundo o manuscrito atribuído ao monge irlandês São Malaquias, datado do século XII, o Papa Francisco seria o penúltimo líder da Igreja Católica. A última profecia fala de “Pedro, o Romano”, que governaria em meio a grandes tribulações, culminando com a destruição da “cidade das sete colinas” — Roma — e o julgamento final.

“Na perseguição final da Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que apascentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, após as quais a cidade das sete colinas será destruída e o terrível Juiz julgará o povo. Fim.” — Profecia atribuída a São Malaquias

A profecia lista 112 papas, começando por Celestino II em 1143. Francisco, o 112º da lista, seria então o último antes do fim da era dos pontífices. Embora estudiosos apontem que a profecia pode ter sido forjada no século XVI, as coincidências históricas continuam intrigando fiéis e analistas religiosos.

Nostradamus e o “pontífice muito velho”

Outra referência que voltou ao debate é o livro do astrólogo francês Nostradamus, publicado em 1555. Um dos versos interpretados como referência ao fim do papado diz:

“Com a morte de um Pontífice muito velho / Um romano de boa idade será eleito / Dirão dele que enfraquece seu trono / Mas reinará por muito tempo em atividade mordaz.”

A menção ao “pontífice muito velho” e à escolha de um novo papa “romano” tem alimentado interpretações. Entre os cotados para suceder Francisco estão Peter Turkson (Gana)Peter Erdő (Hungria) e Pietro Parolin (Itália) — todos com nomes que remetem ao “Pedro” citado por Malaquias.

Alguns chegam a considerar que o próprio Francisco poderia ser o “Pedro, o Romano”, já que seu nome religioso homenageia São Francisco de Assis, cujo pai se chamava Pietro.

Fim de um ciclo?

Um aspecto adicional chama atenção: a previsão de que 2027 marcaria o fim da era papal. De acordo com teóricos que analisam a profecia de Malaquias como cíclica, o Papa Sisto V, eleito em 1585 — 442 anos após o início da profecia —, marcaria a metade do ciclo. Assim, o fim estaria previsto para 2027, apenas 20 meses após a morte de Francisco.

Outros detalhes também provocam especulações. Um papa descrito como “a glória da Oliveira” foi relacionado ao Papa Bento XVI, por pertencer à ordem dos Olivetanos. Já João Paulo II nasceu durante um eclipse solar, o que se conecta ao verso que menciona um “papa do eclipse”.

Um papa fora dos padrões

O Papa Francisco foi o primeiro pontífice sul-americano e o primeiro não europeu em mais de 1.300 anos. Sua morte marca o fim de um papado que rompeu várias tradições e teve forte simbolismo político e religioso.

Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma — uma exceção à prática tradicional de enterros na Basílica de São Pedro.

Especialistas pedem cautela

Apesar do fascínio popular, teólogos e estudiosos alertam para interpretações sensacionalistas:

“A linguagem simbólica e os múltiplos significados tornam qualquer previsão altamente subjetiva”, disse um teólogo à imprensa italiana.

Ainda assim, em meio à comoção global pela morte de Francisco, o debate sobre profecias, sinais e o futuro da Igreja parece longe de esfriar.

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