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Conselhos de medicina reagem à intimação de Bolsonaro em UTI e apontam violação de normas

CFM e CRM-DF citam regras da anvisa e anunciam apuração do caso envolvendo hospital de Brasília

O episódio da intimação judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, provocou reações formais do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). Em nota divulgada nesta sexta-feira, 25, o CFM reforçou que o o às UTIs deve seguir as normas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que incluem protocolos sanitários rígidos.

O CFM alertou:

“O aumento no número de pessoas circulando nesses espaços pode comprometer a evolução clínica dos pacientes e aumentar o risco de infecções hospitalares.”

Ainda segundo a entidade, a entrada de qualquer pessoa em ambiente de terapia intensiva exige:

  • Autorização prévia da equipe médica;
  • Respeito a horários s de visitação;
  • Observância estrita aos protocolos sanitários.

O CFM destacou que a obrigação de cumprimento dessas normas se aplica a todos, inclusive a agentes públicos em ações judiciais, e advertiu que:

“O CFM destaca que o desrespeito a protocolos técnico-científicos de o à UTI deve ser apurado pelos Conselhos Regionais de Medicina pelo risco que representa à saúde e à vida dos pacientes.”


CRM-DF abrirá investigação sobre conduta do hospital

O CRM-DF anunciou que irá apurar os fatos relacionados ao o da oficial de Justiça que intimou Bolsonaro dentro da UTI do Hospital DF Star.

Em nota, o órgão afirmou:

“O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal irá apurar os fatos ocorridos no Hospital DF Star, entretanto tais procedimentos são amparados pelo sigilo processual.”

A investigação deverá esclarecer se houve quebra de normas médicas e comprometimento da segurança hospitalar no cumprimento da ordem judicial.

Repercussão e preocupações com a segurança do paciente

O ex-presidente Jair Bolsonaro está internado desde o dia 13 de abril, tratando complicações decorrentes de uma cirurgia abdominal. A intimação foi realizada no dia 23 de abril, em meio a críticas de médicos e parlamentares, que consideraram a medida inédita, arriscada e, possivelmente, prejudicial ao estado de saúde do paciente.

A repercussão do caso aumenta a pressão sobre o STF e reacende o debate sobre a proteção de pacientes hospitalizados, especialmente em casos de saúde grave.

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