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Lewandowski defende atuação do filho em caso de fraude no INSS e minimiza suspeitas

Ministro responde sobre ligação do filho a entidade investigada pela PF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, saiu em defesa do escritório de advocacia do próprio filho nesta terça-feira (29), durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e Combate ao Crime Organizado.

A banca jurídica de Enrique Lewandowski é uma das contratadas por entidade investigada pela Polícia Federal (PF) no esquema bilionário de fraudes em descontos ilegais em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Lewandowski justifica contratos

Ao ser questionado pelos parlamentares, o ministro minimizou qualquer irregularidade. “Quanto à questão de algumas bancas de advocacia, no ano ado, terem atuado – dentro da lei, imagino, dentro do estatuto da Ordem dos Advogados, dentro do Código de Ética dos Advogados – com contratos que são públicos ou podem ser públicos; que respondem perante a Receita Federal e que recolhem regularmente seus impostos a partir dos honorários que recebem… Eu penso que isso é uma atividade legal”, afirmou.

Na tentativa de blindar o filho, Lewandowski ainda declarou: “Nós não podemos criminalizar, em primeiro lugar, a atividade dos advogados”. O ministro frisou que “o advogado não pode ser confundido com o seu cliente” e reiterou a promessa de que os responsáveis pelas fraudes serão punidos.

Promessas de combate e discurso de rigor

Sobre a operação da Polícia Federal, o ministro disse: “Fez mais de 300 buscas e apreensões contra os dirigentes, contra aqueles que se apossaram do dinheiro dos aposentados. É um crime, repito, hediondo. Vai ser esclarecido até o final, e nós vamos buscar a prisão daqueles que lesaram os mais fragilizados em nosso país. Esse é um compromisso do governo Lula, é um compromisso da PF, é um compromisso do Poder Judiciário.”

Apesar das declarações públicas de rigor, a ligação direta entre o escritório do filho de Lewandowski e uma entidade alvo da operação levanta questionamentos sobre conflito de interesses, independência na investigação e falta de isenção política.

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