A recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante evento em Mato Grosso, não é um ponto fora da curva, mas sim mais um capítulo na tentativa sistemática da esquerda de controlar o único espaço onde ainda reina, com alguma liberdade, o contraditório: as redes sociais. Ao afirmar que “não é possível que tudo tem controle neste país, menos as empresas de aplicativos”, Lula deixa claro seu desprezo pela livre circulação de ideias, sobretudo aquelas que contrariam a velha cartilha progressista.
Esse tipo de discurso, travestido de preocupação com o “carinho ao povo brasileiro”, nada mais é do que um aceno populista para justificar medidas de regulação que, na prática, significam censura. O presidente tenta construir a narrativa de que as redes estão disseminando mentiras, quando o que o incomoda de fato é a incapacidade do aparato estatal e da velha imprensa — que sempre lhe serviu como palanque — de monopolizar o debate público.
Não é coincidência que esse movimento venha às vésperas das eleições. A esquerda sabe que nas redes sociais ela não tem o mesmo controle que exerce sobre boa parte dos veículos tradicionais de comunicação. Sabe também que ali florescem vozes conservadoras, liberais e independentes, que têm desmantelado narrativas construídas por décadas por um establishment progressista, muitas vezes aliado a interesses estatais e corporativistas.
O discurso de Lula é um ataque direto à liberdade de expressão. Ao querer que o Congresso regule as redes, o presidente se aproxima perigosamente de regimes autoritários que, sob o pretexto de “proteger a população”, criminalizam a divergência e sufocam a crítica. É a velha tática da esquerda: usar a máquina pública para silenciar opositores, travestindo censura de responsabilidade social.
É fundamental lembrar que plataformas como Facebook, YouTube, X (antigo Twitter) e outras já possuem políticas internas para lidar com desinformação e discurso de ódio. Qualquer tentativa de regulação estatal deve ser vista com extrema cautela, pois corre o risco de se tornar um instrumento de perseguição política. E sabemos, pela história recente do Brasil, que o PT e seus aliados não têm escrúpulos em usar o Estado para fins partidários.
O que está em jogo aqui não é a “verdade”, como Lula quer fazer crer, mas a liberdade. E liberdade, especialmente a de expressão, é pedra angular de qualquer democracia saudável. O conservadorismo brasileiro, que tem ganhado força justamente pela vitalidade do debate nas redes, deve permanecer vigilante e firme contra qualquer tentativa de controle estatal sobre a internet.
A fala de Lula é alarmante, mas previsível. O autoritarismo sempre se disfarça de virtude quando busca suprimir a liberdade. Cabe à sociedade civil, ao Congresso Nacional e, sobretudo, aos defensores da liberdade e da democracia liberal, resistirem a essa investida autoritária. As redes sociais não são o problema — elas são parte da solução contra o monopólio narrativo que a esquerda tanto deseja restaurar. Defender a liberdade na internet é, hoje, um ato de resistência contra um projeto de poder que teme, acima de tudo, o livre pensamento.
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