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Por 9 a 2, STF Mantém Prisão de Daniel Silveira e Nega Saídas para Trabalho ou Estudo

Corte rejeita pedido do ex-deputado, que alegava direito a atividades externas no regime semiaberto

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por nove votos a doismanter preso o ex-deputado Daniel Silveira, negando seu pedido para sair da unidade prisional com o objetivo de trabalhar ou estudar. A decisão foi tomada no plenário virtual da Corte e confirma a determinação anterior do ministro Alexandre de Moraes, que veta qualquer atividade externa ao ex-parlamentar.

A defesa de Silveira argumentava que a restrição imposta por Moraes o mantinha, na prática, em regime fechado, mesmo estando em regime semiaberto. No entanto, Moraes sustentou que o detento já participa de atividades laborativas e educacionais dentro da colônia agrícola em que está preso, localizada em Magé (RJ).

A maioria dos ministros do STF concordou com Moraes e considerou que Silveira não demonstrou bom comportamento durante o cumprimento da pena. O histórico recente do ex-deputado inclui o descumprimento de regras da liberdade condicional, como:

  • Permanecer mais de uma hora em um shopping center;
  • Não respeitar horários de recolhimento domiciliar aos fins de semana;
  • Manter uma arma registrada em casa.

Essas violações levaram ao retorno à prisão em 2024, segundo registros da decisão judicial. Somente os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça — ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro — votaram a favor do pedido de Silveira.

Crimes contra o Estado Democrático

Daniel Silveira está preso desde 2022, quando foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por crimes contra o Estado Democrático de Direito, incluindo incitação a atos antidemocráticos e ameaças a ministros do STF.

“A decisão é pessoal e vingativa”, afirmou a defesa do ex-deputado após o resultado. Os advogados alegam que Silveira teve a condicional concedida no final de 2024, e que as saídas contestadas seriam para participar de missas e visitar familiares.

Ainda segundo a defesa, o ex-parlamentar não recebeu instruções claras quanto aos horários de recolhimento aos fins de semana, o que teria contribuído para o descumprimento das normas.

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