A Receita Federal errou, pela primeira vez, a estimativa do número de declarações de Imposto de Renda que seriam entregues até o prazo final de 30 de maio. A previsão era de 46,2 milhões de declarações, mas o número real foi de 43,3 milhões — uma diferença de 3 milhões a menos.
O caso gerou repercussão negativa, especialmente por ocorrer sob o governo Lula (PT). O mercado financeiro especula que a superestimação poderia ter sido usada para manipular dados de renda, criando uma imagem mais positiva dos indicadores econômicos.
A informação foi divulgada pela Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Histórico e impacto da divergência
Historicamente, o número de declarações supera a expectativa inicial da Receita. Em anos anteriores, o volume de declarações era maior no encerramento do prazo, ao contrário do que ocorreu em 2024.
A diferença de três milhões de declarações refere-se, em teoria, a pessoas que receberam mais de R$33.888 no ano e estariam obrigadas a declarar.
Receita analisa o perfil dos contribuintes
Diante do erro, a Receita Federal informou que ainda está analisando o perfil dos contribuintes que deixaram de declarar, para verificar se estavam ou não obrigados a apresentar a documentação.
O episódio acende um alerta sobre a necessidade de transparência nas projeções e nos dados econômicos utilizados como base para políticas públicas.
