
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), declarou na rede social X nesta quinta-feira (5) que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Paulo Guedes são os responsáveis por manter o IOF em 6,38% em compras internacionais. A declaração ocorreu após o PL mover uma ação no STF contra o aumento da alíquota anunciado pelo governo Lula em maio.
No texto, Gleisi lançou críticas ao Partido Liberal por sua decisão de apelar à Justiça e declarou que o governo atual diminuiu o IOF de 6,38% para 3,5%. De acordo com suas palavras, a taxa estava alta apenas devido ao “desgoverno de Bolsonaro”.
“Muita desfaçatez o PL entrar com ação judicial contra o reajuste do IOF. No tempo de Bolsonaro e Paulo Guedes o IOF sobre cartões internacionais estava em 6,38%. No governo Lula caiu para 5,38% e depois 4,38%. O ajuste deixou o IOF em 3,5%. Nada mais útil do que lembrar o que foi o desgoverno de Bolsonaro para perceber como o país melhorou com Lula” escreveu a petista.
Os leitores acrescentaram um contexto com informações corrigindo a deputada logo após a publicação do post. O texto ressalta que em 2022, Bolsonaro assinou um decreto que elimina o IOF sobre câmbio até 2028.
“Foi no governo do Bolsonaro que foi assinado o decreto que reduziria o IOF gradativamente até zero em 2028. Graças a esse decreto que houve a redução do IOF nos anos seguintes do governo Lula. Não houve nenhuma ação por parte do Lula para redução do IOF durante o governo dele” diz a correção feita pelos internautas.
O PL, partido ao qual Bolsonaro é filiado, questiona dois decretos assinados por Lula e pelo ministro Fernando Haddad que elevaram o IOF em transações de crédito, envios internacionais e investimentos. A agremiação política argumenta que a medida possui objetivos tributários e deveria ser submetida à votação no Congresso. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi designado como relator para analisar o caso.